Tradição napolitana preza pela receita
clássica e suas origens
Antes de
chegar na Itália como hoje é conhecida e apreciada em todo o mundo, a pizza tem
presença na história da humanidade desde quando, dizem, os egípcios, foram os
primeiros a misturar farinha com água
(há quem afirme que os pioneiros foram os gregos).
Por conta das
cruzadas, os muçulmanos levaram a pizza à Itália, que chegou ao país pelo porto
de Nápoles. Os italianos foram os que acrescentaram o tomate, descoberto na
américa e levado a europa pelos conquistadores espanhóis. Porém, nessa época a
pizza ainda não tinha a sua forma redonda, como a conhecemos hoje, mas sim
dobrada ao meio, feito um sanduíche ou um calzone.
A pizza era
um alimento de pessoas humildes do sul da Itália, quando próximo do início do
primeiro milênio surge o termo picea, que indicava um disco de massa assada com
ingredientes por cima. A fama da receita correu o mundo e fez surgir a primeira
pizzaria que se tem notícia, a Port'Alba, ponto de encontro de artistas famosos
da época, tais como Alexandre Dumas, que inclusive citou variações de pizzas em
suas obras.
No Brasil, a
pizza chegou com os imigrantes italianos e podia ser apreciada apenas nas
colônias. Foi no Brás que as primeiras pizzas começaram a ser comercializadas
no País e aos poucos foi se disseminando pela cidade de São Paulo até se tornar
unanimidade nacional.
E é em São
Paulo que o dia 10 de julho, desde 1985, é dedicado à pizza e todas as
variações possíveis e criativas que foram tomando conta do cardápio do
brasileiro.
A verdadeira pizza napolitana
Em 1982 foi fundada,
em Nápoles, na Itália, por Antonio Pace, a Associação da Verdadeira Pizza
Napolitana, (Associazione Verace Pizza Napoletana) com a missão de promover a
tradição da pizza napolitana, defendendo, até com certo purismo, a sua cultura,
resguardando-a contra a miscigenação cultural que sofre a sua receita. Com
estatuto preciso, normatiza as suas principais características.
Além disso, a
Pizza Napolitana está desde dezembro de 2009, protegida pela Comissão Europeia,
junto com mais 44 produtos que têm o selo de Especialidade Tradicional
Garantida (ou Specialitá Tradizionale Garantita – STG).
Segundo a
associação, a verdadeira pizza napolitana deve ser confeccionada com farinha,
fermento natural ou levedura de cerveja, água e sal. A pizza deve ser ainda trabalhada
somente com as mãos ou por alguns misturadores devidamente aprovados por um
comitê da organização. Depois de descansar, a massa deve ser esticada com as
mãos, sem o uso de rolo ou equipamento mecânico. Na hora de assar, a pizza deve
ser colocada em forno a lenha (somente), a 485°C, sendo que sobre a superfície
do forno não deve ser colocado nenhum outro utensílio.
A variedade
de coberturas é reconhecida pela organização, porém devem ter a sua aprovação,
estando em conformidade com as tradições napolitanas e não contrastando com
nenhuma regra gastronômica. São elas:
Marinara
(Napolitana) - tomate, azeite de oliva, orégano e alho;
Margherita:
tomate, azeite de oliva, mussarela e manjericão;
Ripieno
(Calzone - pizza recheada - ricota, mussarela especial, azeite de oliva e
salame;
Formaggio e
Pomodoro - tomate, azeite de oliva e queijo parmesão ralado.
Mas, mesmo se
não for feita com todos os esses cuidados, hoje é um bom dia para apreciar uma
pizza das nossas preferidas e brindar a essa extraosdinária invenção
gastronômica.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pizza
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