Se
alguém tem alguma dúvida de que os programas de High School proporcionam experiências
inesquecíveis e vão fazer toda a diferença para o resta da vida, então precisa
ler este depoimento da Bruna Paschoal, que esteve na Nova Zelândia em 2011 e não se
cansa de falar sobre como o intercâmbio foi importante para ela. Leia o relato dela durante seus primeiros seis meses de High School.
“Já passaram seis meses e eu nem acredito que
daqui a pouco já estou de volta. Morro de saudades da minha família e dos meus
amigos, mas posso garantir que estou no melhor lugar do mundo. Sou
completamente apaixonada por esse país, por essa cidade, pelo meu colégio e não
quero que meu intercambio acabe NUNCA!
Logo que eu cheguei aqui, com aquele meu inglês
bem mais ou menos, logo de cara perdi o vôo em Auckland e tive que ficar 8
horas no aeroporto esperando o próximo avião. Liguei para minha mãe desesperada,
mas no final deu tudo certo. Fui recebida pela minha host mother e pela minha
host sister, as duas fazendo piadinha e dando risada e eu sem entender nada só
ria pra não fica feio.
A princípio, eu vi Christchurch com um monte
de casinha tudo igual e pensei: eu nunca vou aprender a andar nessa cidade. No
colégio não tinha como ser melhor, todo mundo querendo conhecer ''a
brasileira'' e saber como é o Brasil. Parecia que eu era um ET - todo mundo
curioso pra saber da onde eu vinha, como era, o que eu fazia lá e tudo mais. Acabei
ficando mais próxima dos intercambistas do que dos nativos, mas todos tentavam
me ajudar e me entender.
Na terceira semana teve um terremoto de 6.3
que destruiu o centro da cidade, 200 pessoas morreram, e minha casa ficou sem água
e sem luz por uma semana e meia.
Fui para Queenstown, na casa de uma prima
minha que mora aqui. Lá é o local onde tem os bungy jumps. Pulei de dois! É a
melhor coisa do mundo!
Nas minhas primeiras férias fui líder de um
acampamento e aprendi muito lá. Foi muito bom conversar com as crianças, me
ajudou muito. Eu amei! Na segunda semana de férias, fui para Nelson com a minha
hostfamily e fiquei na casa do irmão da minha host, que tem uma filha da minha
idade e ficou muito minha amiga.
Depois teve o feriado de Queen Birthday e eu
fui de ônibus com um grupo de intercambistas para kaikora, Abel Tasman e Blenheim
e nessa viagem conheci duas brasileiras que estavam aqui fazendo High School
também. A viagem foi muuuito boa.
Voltei para Christchurch e continuei saindo
com as brasileiras. Nós achamos uma loja para comprar feijão, farofa e caldo knorr
e fizemos feijoada para uns amigos nossos e pra gente.
No meu aniversário, não estava planejando
fazer nada. Liguei para as brasileiras e ia ver um jogo de basquete delas, mas quando
minha host chegou, disse que íamos jantar no KFC. Nem me arrumei direito e fui.
Chegando lá vi que todos os meus amigos estavam lá. Nem acreditei, fiquei muito
feliz.
Nas férias seguintes, as brasileiras e alguns
dos meus amigos da escola foram embora. Fui para o acampamento de novo, agora
com um inglês muito melhor, podendo falar e entender tudo.
De volta a Christchurch, em uma noite olhei pela
janela e estava tudo branquinho. Sim, estava nevando. A última vez que nevou na
cidade foi há 19 anos, todo mundo ficou impressionado. Nem consegui dormir
direito essa noite, estava muito animada e esperando pra acordar a minha irmã e
ir brincar na neve. De manhã, saí de casa de pijama mesmo e fui para a neve. Fiz
dois bonecos gigantes até minha irmã acordar e aí fomos ver a neve na praia. Muito
lindo mesmo! Tinha gente fazendo snowboarding lá...
Na escola comecei a fazer Outdoor Education.
No começo foi difícil por que das oito pessoas da sala só eu era mulher e o os
outros meninos eram do time de rugby. Mas tudo certo, estva conseguindo levar
os 5 km de corrida na praia, fazer tramping por 4 horas, mountain biking toda
semana, 12 km, 15 km...Virou rotina e eu estav gostando muito disso.
Nas próximas férias eu vou viajar na ilha
norte com uma amiga. Ainda tenho mais 21
semanas aqui, e eu estou muito triste de ter que me despedir de tudo isso:
melhor colégio, melhores pessoas, melhor país do mundo, o melhor ano da minha
vida, a melhor experiência que alguém pode ter!”
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