Ainda girando pela África, o casal Ivan Marques
e Gabriela Gambi dá continuidade ao projeto Volta ao Mundo e nos envia o último relato diretamente do Quênia. A viagem que começou em outubro ainda tem outros 18 países pela frente. Confira abaixo o relato e as fotos desse trecho da viagem, enviados exclusivamente para o blog da Friends, e pense se você também não pode realizar um sonho desses.
Olá
amigos da Friends in the World
Antes
de continuar o relato da nossa aventura, esperamos que todos tenham tido um
feliz Natal e excelente Ano Novo!
Voltamos
aqui pra contar como foi nossa passagem pelo Quênia. Esse país disfruta de uma
das melhores estruturas para safári de todo leste africano e pode oferecer
experiências únicas com os animais que se espera encontrar nesta região.
O
céu é o limite para se gastar em resorts no meio da savana, onde o serviço
cinco estrelas pode fazer com que você tome café-da-manhã observando um lago
cheio de hipopótamos. Por outro lado, há muitas opções baratas em que
mochileiros do mundo inteiro se reúnem em busca de uma boa festa e um beliche
compartilhado com tantos outros viajantes.
Nossa
passagem pelo país se dividiu em duas: primeiro visitamos o fantástico parque
nacional do Masai Mara, um pequeno pedaço de savana localizado ao norte do
Serengueti (Tanzânia) e lar de muitas zebras, gnus, elefantes, leões e toda
turma da planície sem fim. Nossa segunda
passagem pelo país se deu alguns dias depois de visitarmos os gorilas da
montanha em Uganda, no caminho de volta à Nairobi.
A busca pelos big 5 no Masai Mara é constante e é quase garantido que você
encontrará todos eles. É desse local que os animais partem para a “grande
migração”, cruzando o rio Mara e seguindo para as verdes planícies do lado
tanzaniano.
Quando
passamos por lá infelizmente a migração tinha acabado de acontecer e só pudemos
ver os restos (literalmente) dos animais que morreram no trajeto. Muitos
predadores espreitam à margem do rio aguardando o momento certo de atacar os
pobres gnus, zebras e gazelas que tentam fazer a travessia. Eles acabam sendo
prato cheio para crocodilos, leões e outros carnívoros que tiram a barriga da
miséria nessas duas semanas em que acontece a passagem.
Outro
ponto alto da nossa passagem pelo parque foi visitar uma vila Masai. Liderados
pelo chefe da tribo, os masai nos mostraram como vivem tradicionalmente, seu
sistema de casamento e de formação do guerreiro. Até hoje eles ainda caçam
leões (apesar da atividade ser controlada e eles só poderem matar os animais
mais velhos) como rito de passagem para a vida adulta. Demonstrações de dança e
muitos artesanatos fazem parte dessa visita um tanto quanto turística para a nosso ritmo de viajante independente.
Na
volta de Uganda fomos conhecer outros parques super interessantes no país.
Fizemos um trajeto que passou por dois lagos que também são parques nacionais e
contém uma boa quantidade de animais. Vindo do oeste para o leste, depois de
conhecermos a fonte do rio Nilo em Jinja, passamos pelo Lago Nakuro onde
pudemos ver de perto rinocerontes brancos, flamingos e uma infinidade de
pelicanos. Foi ali que conseguimos ver também os animais dentro de uma
vegetação mais alta e densa, transformando a pequena floresta que circunda o
lago em uma espécie de santuário para gazelas e macacos.
Depois
de Nakuro ficamos alguns dias à margem do lago Naivasha. Aqui, por estarmos
muito próximos da capital, grandes casas de veraneio dividem espaço com
campings para mochileiros. O lago em si é uma boa opção para relaxar, com
cavalos, motos e bicicletas para alugar. O que decidimos fazer, no entanto, foi
conhecer um pequeno e relativamente novo parque nacional chamado Hell’s Gate. O
nome de filme de terror nada tem a ver com o que se vê dentro do parque (a
origem do nome vem de fontes termais que jorram água fervendo pelas rochas).
Pelo contrário, o local foi usado como cenário para vários filmes como o
jogo Tomb Raider (o segundo) e serviu de inspiração para os desenhistas da Disney
criarem o cenário de O Rei Leão.
Apesar
do felino famoso não há predadores por perto, deixando o caminho livre para a
proliferação de zebras, girafas, famílias de javalis, gazelas e outros herbívoros.
O mais interessante deste parque é que, justamente pela ausência de carnívoros,
você pode andar livremente, sem carros ou guias, aproveitando a paisagem
exuberante e os animais que estão a poucos metros da estrada.
Nossa
escolha foi alugar bicicletas e percorrer o lugar todo em um dia inteiro de paz
e tranquilidade. Recomendadíssimo!
Além
deste parque existem outras atrações na região como tomar um chá inglês
completo, com direito a bolos e tortas em uma casa colonial, fazer excursões de
barco para admirar pássaros ou mesmo ficar de preguiça na beira da piscina
admirando os simpáticos hipopótamos na beira do lago.
Após
esse merecido descanso nosso tour pelo país chegou ao fim. Após retornar a
Nairobi e nos despedir dos amigos que nos acompanhavam desde a Tanzânia,
pegamos o avião rumo à Adis Abeba, a capital da Etiópia. Esse é o tema de
nosso próximo relato, aguardem!
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