Casal começa hoje uma inesquecível viagem de lua de mel com uma volta ao mundo

Cinco anos e meio de namoro e só alguns dias de casados. É isso, o casal Gabriela Della Nina Gambi e Ivan Contente Marques começam hoje uma viagem de lua de mel bem diferente. Eles embarcam para uma volta ao mundo. O início de um sonho que eles têm desde muito antes de se conhecerem. Serão dez meses na estrada, com um roteiro que inclui 23 países e muita aventura e surpresas reservadas nessa trajetória que poderemos acompanhar aqui no blog da Friends. Além de alimentar um blog criado por eles, o http://www.esefossemospara.org/, o casal vai nos escrever sobre cada um dos países para nossa coluna Diário do Viajante, especial Volta ao Mundo.

Os dois sempre quiseram abraçar o mundo. Mas o mundo é muito grande e dois braços apenas, mesmo que com muito esforço, não davam conta do recado. Até que um dia decidiram que seria importante somar forças e realizar a união, celebrar com a família e amigos e cair na estrada.

Casal de muita garra, o primeiro desafio enfrentado foi o financeiro. Para organizar a viagem precisaram de muito planejamento com muitas planilhas e metas feitas no decorrer desse período para poder concretizar o sonho. Pesquisaram bastante os destinos, consultaram amigos e fizeram algumas consultas junto ao diretor da Friends, Felipe Trigo, que decidiu dar um apoio para a viagem: algumas dicas especiais e cobertura de seguro para as surpresas que esse tipo de viagem pode reservar, mesmo com todo o planejamento.

A viagem de volta ao mundo começa hoje, em direção à primeira parada na África do Sul. O roteiro foi dividido em 5 blocos fundamentais: Costa Leste Africana, Oriente Médio, Índia/Nepal/Tibet, Sudeste Asiático e, talvez, China e Japão. As expectativas para o desafio são muitas. Eles esperam aprender muito, conhecer as pessoas e diferentes culturas, vivenciar a beleza do mundo e trilhar o caminho para felicidade. E, claro, relatar tudo isso no nosso blog e compartilhar com todos essas experiências inesquecíveis que pretendem acumular.

Alguns dias atrás, o Ivan contou para nós como essa história toda começou. Confiram.

Como surgiu a ideia da viagem? Como foi a escolha dos lugares?

A ideia de dar uma volta ao mundo existe tanto pra mim, quanto para a Gabi desde nossa adolescência, antes de nos conhecermos. Depois de nos encontrarmos, namorarmos e casarmos, decidimos que tinha chegado a hora – um sentimento de “é agora ou nunca”. Os lugares foram escolhidos de comum acordo juntando alguns fatores limitantes: tempo (10 meses de viagem), recursos (o quanto de dinheiro teríamos) e lugares/atividades que queríamos conhecer. Tudo isso virou um monte de países que poderíamos ir. Daí fomos limando alguns muito fora de um roteiro linear e montamos nosso itinerário atual. 

Como vocês chegaram nesse roteiro?

Queríamos fazer uma viagem dentro das nossas possibilidades financeiras e ao mesmo tempo conhecer lugares pouco visitados, mais exóticos. Queríamos muito um roteiro que fugisse do convencional mochilão na Europa, ao mesmo tempo que nos colocasse em contato com uma parte do mundo que nem sempre é associada a turismo/lazer. Queríamos conhecer o mundo de verdade, entrar em contato com culturas diferentes da nossa e de maneira intensa, que só se conhece fora de hotéis internacionais. A África sempre foi destino certo. Eu, apesar de não ter religião, particularmente sempre quis conhecer o oriente médio, principalmente a parte que foi palco e teve influência muito forte dentro da nossa formação católica-ocidental (Egito, Israel, Jordânia etc). A Índia é o pais mais misterioso do mundo, um caldeirão de cores, crenças, culturas. Impossível ficar de fora. E o sudeste asiático ainda é o paraíso de todo mochileiro, também não dava para descartar. Enfim, queríamos abraçar o mundo, esse foi o roteiro que acabou lapidado.

Que dicas você daria para quem pretende realizar uma viagem como essa?

É preciso muita força de vontade para sair da zona de conforto da vida cotidiana. É difícil largar trabalho, segurança, família, amigos e cair no mundo por tanto tempo. Então, em primeiro lugar, acho que uma reflexão sobre o que esperar desse tipo de viagem é importante. Depois, estudar minuciosamente os países que se tem vontade de conhecer dentro de alguns fatores limitantes de toda viagem: tempo e recursos.

Como se organizaram? Há quanto tempo estão planejando?

Nós nos planejamos por quatro anos, traçando metas de economias mensais em nosso orçamento e comemorando a cada fechamento de ano o quanto havíamos economizado. E olha que não é nada de outro mundo o que custa uma viagem dessas. Tem gente que vende um carro popular e vai... Além da economia, tivemos muito tempo de pesquisa em blogs, amigos e conhecidos que haviam ido aos lugares que visitaremos e buscamos todo tipo de informação.

A preparação também envolveu uma série de precauções com a saúde, visitando médicos, fazendo exames e tomando as vacinas necessárias pra termos uma viagem tranquila. Aconselhamos o Ambulatório do Viajante no Hospital Emílio Ribas em São Paulo como bom ponto de partida pra essa parte.

Por fim, para evitar dor de cabeça, tivemos a assessoria da Friends para nos ajudar com um seguro viagem, o que nos deixa mais tranquilos, sem preocupações com futuros imprevistos.

Quais são as principais expectativas de vocês?

Queremos viver o mundo. Queremos que essa seja uma experiência que marcará nossas vidas como uma tatuagem. Esperamos estar junto de pessoas e lugares que nos ensinem um pouco mais de humanidade ao mesmo tempo que queremos estar mais próximos da natureza e do nosso planeta. Queremos aprender a vida em outros lugares, outros hábitos, outras línguas. Enfim, viajar na essência dessa ação.

Que recado você quer deixar antes da partida?

Acreditamos que todo sonho merece ser vivido. Por mais difícil que ele seja, vale a pena correr atrás e realizá-lo. No começo, achávamos que seria impossível correr o mundo, seria muito caro pra nós. Depois, com muito esforço e pesquisa, descobrimos que se juntássemos um pouquinho aqui e outro ali, as coisas poderiam dar certo. Além do esforço próprio, é impossível completar uma jornada dessas sem o apoio dos amigos. Eles sempre nos incentivaram, nos deram coragem pra ir além. Se toda viagem tem uma partida e uma volta, com certeza voltaremos pelos amigos e pela família.