segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Quando uma viagem muda uma vida


Em meio a um processo de questionamento sobre sua carreira, a profissional da área de Tecnologia da Informação, Rosana Bastos Pereira, percebeu que a falta de fluência em inglês tinha se tornado um entrave no seu avanço corporativo. Ainda que tivesse todos os requisitos técnicos, as promoções sempre iam para outros colegas e a frustração foi tomando conta dos sonhos de ascensão e realização.

A sugestão do seu coach de sair do país para um curso de inglês intensivo e que resolvesse a questão foi, em um primeiro momento, totalmente descartada. Com duas filhas, marido e contas para pagar, Rosana achou que esse negócio não poderia dar certo.

Mas nada que um carro novinho em folha não pudesse resolver. E foi quando ela decidiu que abrindo mão da mais recente aquisição ela conseguiria os recursos para uma viagem sim. Então, ela procurou a Friends e foi tentar desvendar suas possibilidades: que país, que escola, por quanto tempo. Enfim, entender melhor o que ela poderia fazer para resolver de vez o impasse profissional.

Segura do que queria fazer, era hora de comunicar ao marido e à família sobre sua decisão. Ela iria passar uma temporada de três meses em Boston. A reação não poderia ser pior. De temperamento mais moderado, foi difícil para o marido entender. Assim como muitas pessoas, ele achou que com 46 anos ela já não teria chances, que ela não conseguiria conquistar seus objetivos e ainda iria sacrificar a família com a sua ausência nesse período que parecia enorme.

A decisão causou polêmica na família. A mãe e as filhas deram apoio incondicional, mas teve até quem apostasse que a viagem colocaria em risco o casamento de muitos anos.

E depois de pedir uma licença não remunerada no trabalho e sem garantia alguma de que sua vaga estaria garantida na volta, ela embarcou para o que seria um marco de transformação não só profissional, mas pessoal.

Os primeiros dias não foram fáceis em um país com outra cultura e com um idioma que ela não conseguia entender. Mas as filhas e o marido, que finamente se rendeu e resolveu visitá-la, foram o incentivo que ela precisava para realizar seu sonho.

“Morei em casa de família, fiz trabalho voluntário, me inscrevi em todos os cursos que pude e no final de semana visitava outras cidades da região. Viajei muito e fiz muitos amigos. Nunca tinha tido a dimensão do que era ter tempo para mim”, conta a entusiasmada Rosana.

Nos momentos mais difíceis longe da família, o casal que a estava hospedando e a professora, já acostumados com as dificuldades vividas por estudantes estrangeiros, deram muito apoio e também foram decisivos na sua permanência.

A experiência não poderia ser melhor. “Tive a oportunidade de me conhecer melhor e isso trouxe muita autoconfiança. No decorrer do tempo fui percebendo formas de aproveitar melhor a oportunidade de aprender, não só o inglês, mas descobrir a cidade, sua história, os hábitos das pessoas e também me relacionar com estudantes de outros países, que traziam também uma bagagem cultural diferente.

Ela encerrou a temporada no exterior com um curso de liderança e de volta ao Brasil, era a hora de voltar ao trabalho e descobrir se ainda tinha um emprego. E as coisas tinham mesmo mudado bastante. O chefe já não era o mesmo e a empresa tinha sido comprada por um grupo americano. Entrevistada pelo novo presidente, pouco tempo depois e ela já colhia os frutos: foi promovida a diretora da empresa e ganhou um carro. Não deu nem tempo de sentir falta daquele que ela vendeu para financiar a viagem.

Passados dez anos, hoje ela continua na área de TI, em uma empresa reconhecida no seu segmento. Um dos seus maiores prazeres é poder contar sua história e estimular as pessoas a “correrem atrás”. “A gente não tem que se conformar com nada. Esse negócio de ah, estou velha, não existe. Com 46 anos descobri a liberdade da alma. Nunca pensei que pudesse viver uma coisa dessas, mas eu vivi”, diz Rosana.

Durante sua estada, ao contrário, a maturidade foi fundamental para algumas decisões que tornaram a experiência ainda melhor. Para quem gostou do depoimento da Rosana, acompanhe também as dicas que ela nos dá.

Organização da viagem
- escolher país, cidade, escola, tipo de curso e a hospedagem com a assessoria especializada da Friends foi fundamental para me sentir segura e poder ir em frente.

O destino
- me preocupei desde o início em buscar um destino onde não tivesse muita chance de contato com brasileiros. Isso estimula a comunicação no idioma local.

Hospedagem
- a hospedagem em casa de família é fundamental para entender a cultura do país, e eu fui muito bem tratada e recebida.

O preparo para o curso
- quando estava lá percebi que poderia ter estudado mais gramática antes de viajar. Isso te dá uma base melhor para desenvolver a fluência.

O curso
- saí do Brasil com um curso contratado para aulas em grupo em tempo integral. Depois de um tempo lá, percebi que mesclar com aulas individuais era mais produtivo.

Atividades extras
- são muitas as atividades fora da sala de aula que ajudam no aprendizado. Fui a shows, concertos, visitei museus, fui voluntária, fiz passeios pela cidade, viajei bastante e fiz muitos cursos paralelos, até de ioga.

Ler e estudar muito
- não tem jeito, sem esforço e comprometimento nada acontece. Estudei muito para aproveitar ao máximo o tempo que eu tinha. Não dispensava nunca uma leitura, nem do jornalzinho do metrô que pegava para ir e voltar da escola.

Bom, se você ainda tinha alguma dúvida, agora já sabe que se tem o sonho de estudar fora, não existe empecilho de tempo nem idade. Consulte um dos profissionais da Friends pelo telefone 11 3894.9403 ou pelo e-mail intercambio@friendsintheworld.com.br .

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